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domingo, 25 de outubro de 2015

PEC 215

Tive o desprazer, sim essa é a palavra, de ler uma matéria a respeito de uma tal "demarcação das terras indígenas". Até onde sei, o território brasileiro foi invadido no ano de 1500 pelas expedições lusitanas que se apoderaram das terras e até hoje exploram algo que não pertence nem a eles, nem a seus descendentes. Ora pois, quando eles chegaram haviam habitantes... E quem eram estes? Os índios!! Sim! Os donos da cultura mais linda que meus olhos puderam ver. Como se não bastasse, quiseram "evangelizar", tomar sua matéria-prima em troca de uma bugiganga, o que resolveram apelidar de "escambo". Chamavam os índios de preguiçosos por não quererem ser escravos dos colonizadores, mas vejamos bem, quem era que não queria trabalhar? Levaram o Pau-Brasil, levaram/levam o Ouro... E eu revejo essa realidade se repetir 515 anos depois. Que evolução hein? Se eu estiver errada, que retirem de circulação os livros de história e reensinem os professores a "verdadeira" história do Brasil!! A palavra é DESRESPEITO com um povo Guerreiro que ainda hoje sofre com massacres horrendos. Muito se é comentado sobre fatos do exterior, há muita solidariedade com o sofrimento alheio, enquanto nossos nativos ainda são vítimas de genocídios dignos de nosso repúdio. O Projeto de Emenda Constitucional número 215 representa um regresso para nossa nação. Infelizmente, a visão que tenho dessa situação é um regresso de 515 anos. Não sou índia, mas abraço a causa e compreendo a luta. Essa luta é nossa!!! NÃO À PEC 215! Mais respeito ao direito do índio!!

A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA

          O Exame Nacional do Ensino Médio do ano em curso, abordou um tema interessante e polêmico. Embora tenham sido criadas diversas leis, a violência contra a mulher nos dias atuais ainda é muito incidente. Intrigante situação, já que após tantos anos de luta, a mulher conquistou muito espaço na sociedade, conseguiu entrar no mercado de trabalho, embora ainda haja muito preconceito (infelizmente), pois muitos patrões têm receio de contratar mulheres grávidas ou que tenham filhos pequenos, mesmo assim ela ainda consegue ser a dona de casa que trabalha, cuida dos filhos e ainda os educa. 
          Alguns dados horrendos também assombram o histórico da mulher no cenário "moderno". A mulher ainda é vítima de estupro, o crime mais bárbaro e primitivo. Há quem diga que a causa dos estupros seria a roupa da mulher, o modo com que ela age, a maneira de falar, o lugar por onde anda, etc. Intrigante opinião! Pois me diga, haveria algum estupro se não existisse o estuprador? A causa principal e única do estupro, nada mais é do que o estuprador. Alguém sem escrúpulos, educação, ética e moral, que torna a vida de outra pessoa um pesadelo eterno. Mais intrigante ainda, é alegar que haja alguma outra causa, além do estuprador, para que o crime ocorra. Há dados que afirmam que algumas mulheres que denunciaram casos de estupro foram processadas, processadas por requererem seus direitos e buscarem a justiça para amenizar a indignação pelo ocorrido. Lamentável!
            De fato, a violência contra a mulher não se resume apenas ao estupro, mas a diversos outros crimes que ainda são cometidos contra as mesmas. Esses dados de violência contra a mulher são históricos e concomitantemente, indignadas, com toda razão, buscam seus direitos. Há um grande movimento conhecido mundialmente, o movimento feminista, que luta pelos direitos das mulheres, pelo respeito e pela igualdade social e ao contrário do que muitos pensam, o movimento feminista não surgiu recentemente, há indícios de que ele tenha surgido desde o século XV.
            O desejo de participar ativamente da vida social por igual sempre foi algo que levou a mulher a luta. Apesar do movimento feminista ter início muito antes, a mulher só teve direito ao voto no ano de 1932, cinco séculos depois e hoje em dia conquista muito espaço dentro da sociedade. No ano de 1929 foi eleita a primeira mulher prefeita no Brasil, Luíza Almeida Teixeira, na cidade de Lages do Rio Grande do Norte. No ano de 1991, elegeu-se como prefeita uma mulher índia, Nanci Cassiano, na cidade de Baía da Traição, Paraíba. Somente no ano de 2014 o Brasil pôde incluir em suas estatísticas a primeira mulher a ser governadora, Suely Campos, no estado de Roraima, concomitantemente, reelegeu-se a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente da República, que já o fazia desde 2011.
             De fato, o espaço que a mulher conquistou na sociedade é grande, mas como mulher, posso afirmar que maior que a satisfação de conquistar espaço, é a satisfação de conquistar o respeito e a admiração dos que lhe cercam. Confiar no esforço e na dedicação de uma mulher é confiar que alguém lhe dará o melhor de si com a certeza de que será sempre feito o esforço para ir além do que se espera.